Fiquei um longo tempo sem tempo para escrever.
Às vezes sinto muita vontade de postar minhas experiências, mas este ano com 10 alunos fica difícil sobrar tempo.
Muitas aulas para preparar, coisas para resolver, reunião com pedagogos e psicólogos, pais, tias e avos.
Na verdade acho o fim este tratamento “tia” às vezes me soa com ar de deboche, mas vamos ao que interessa.
Este ano tive 3 alunos interessantes e vou contar suas historias oportunamente.
O primeiro aluno é filho de médicos e nunca, isso mesmo, nunca foi à escola e me propus a alfabetiza-lo.
O Segundo é hiperativo. Filho de militar muito rigido e exigente a mãe introspectiva, assustada até e não aceitam a ideia de que seja hiperativo, o garoto é uma delicia meigo, fofo e lindo, mas irrequieto e sem concentração.
A terceira também um doce, com leve deficiência que os pais fingem não perceber.O pai oficial graduado da marinha as vezes se exaspera diante da incompreenção da filha com problemas de matemática.Esta história conto depois.
Vejo todas estas famílias e algumas mais que já não tenho contato profissional; com mães ausentes ou muito ocupadas sem tempo de dar atenção aos filhos correndo atrás do dinheiro para poder comprar mais e mais e daí pergunto: vale a pena??
Noventa por cento dos meus alunos são crianças ótimas e sem amor. Sentem falta de carinho, do toque e às vezes percebo que: pegando na mãozinha para ajudar em alguma coisa ou ao encostar-me nelas estão loucas por um abraço, por carinho e sedentas de atenção. Lembram-me passarinhos pequenos, delicados e feridos.
Muitas delas agem desta forma para chamarem atenção e conseguem tirando notas baixas.
Pais prestem atenção em seus filhos!!!!! Abracem mais. Deem limites. Mas sem gritos ataques e agressões verbais ou fisica
Carinho também vem em forma do NÃO.
Beijinhos ate mais!
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