22 setembro, 2011

Ola! voltei....


Bom dia meus queridos seguidores, amigos, alunos e ex alunos .

Estive ausente por um período pois o destino me tirou do Rio de Janeiro e me trouxe à São Paulo.
Foram meses de procura por residencia, desencontros e adaptações.
Neste vai e volta entre estados, meio que sem querer acabei ajudando uma sobrinha a organizar a festa de aniversario do Rafael, meu sobrinho neto.
Depois vieram as lembrancinhas para chá de bebe do Mateus, lembranças maternidade, aniversario de 30 anos da minha filha Amanda e o seu noivado algumas semanas depois.



Com isso fui fazendo caixinhas, festas, enfeites e assim mudei o rumo da minha vida .

Voltei a criar, inventar, pesquisar tendencias e fazer "coisinhas" que tanto amo.
Com tantas novidades não me sobrou tempo para lecionar.
Hoje tenho a Helo Box que me traz plena realização profissional.

Confira no link.

Beijo a todos e uma ótima sexta.


Helô.

20 julho, 2011

Definição de saudades.



Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) "... posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes.
Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade,descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional.
Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim!
Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimios e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!

Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

" - Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!"
Indaguei:
- E o que morte representa para você, minha querida?
" - Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é?"
(Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo.
"- Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!"
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
"- E minha mãe vai ficar com saudades, emendou ela."
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
- E o que saudade significa para você, minha querida?

- Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste.
Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.

Rogério Brandão
Médico oncologista clinico
RC Recife Boa Vista D4500

19 julho, 2011

FERNANDO FURLANETTO


Fernando Furlanetto nasceu no dia 5 de março de 1897, um ano após seu pai, o italiano Antonio Furlanetto, instalar a primeira marmoraria em São João da Boa Vista.
Em 1911, com apenas 14 anos, partiu para a Itália, a fim de estudar no Instituto de Belas Artes de Pietrasanta. Durante oito anos, Fernando aprendeu a arte de esculpir com os mais famosos professores da época. Logo, o “menino americano” suplantou, em técnica e arte, os próprios italianos natos, conquistando o prêmio máximo do Instituto – a medalha de prata.
Mesmo tendo gabarito para trabalhar em grandes centros, Fernando fixou atelier em sua cidade natal, recebendo encomendas de toda a redondeza. E, assim, pasmou a imprensa local, por sua simplicidade e modéstia diante das maravilhas que produzia.
Considerava como sua obra-prima o monumento funerário de Dina e Angelina de Oliveira Bueno – a filha chamando a mãe, subindo os degraus do céu. Mas logo vieram outras obras impressionantes, como a escultura Caridade, para o jazigo da família do Cel. Joaquim Cândido de Oliveira; a Piedade, para o túmulo de José Pedro de Oliveira; e a monumental capela funerária do Cel. Christiano Osório de Oliveira.
Fernando não se dedicou somente à arte funerária. A maioria dos altares da Igreja Catedral é de sua autoria, além do complexo desenho do portal de ferro da Capela do Santíssimo.
O grande sonho de sua vida era ter mais tempo para se dedicar à “Arte Pura”, não subordinada a injunções financeiras de uma arte meramente “fúnebre”. Algumas de suas estatuetas ainda enfeitam salas de visitas da cidade. Das mais famosas, a Bailarina é a própria música, na delicadeza dos gestos, entrelaçando-se ao vestido esvoaçante – e a Volúpia, êxtase feminino no divã, uma ousadia para a São João dos anos 30.
“Para mim, o mármore é um fascínio. Eu não sei fazer outra coisa. A escultura tem sido a minha vida, e agora que os meus olhos já não me ajudam, sinto apenas tristeza...”, disse em sua última entrevista, aos 78 anos de idade.
Fernando Furlanetto faleceu no dia 20 de abril de 1975.

Historiador:
ANTONIO CARLOS RODRIGUES LORETTE
ARQUITETO URBANISTA

ROTEIROS POR ALGUMAS OBRAS DO CEMITÉRIO
Antonio Carlos Rodrigues Lorette (historiador)
O Cemitério Antigo de São João da Boa Vista conta com um rico patrimônio, mas pouco reconhecido pela população sanjoanense. São mais de 300 túmulos, jazigos e capelas, de valor histórico, artístico e arquitetônico, além de seu contexto ambiental, com boa parte do muro original e ruas arborizadas. É um museu a céu aberto, com o melhor acervo de obras do escultor sanjoanense Fernando Furlanetto. Convidamos você para percorrer as alamedas do cemitério, apresentando um guia resumido de seus monumentos e histórias.

14 julho, 2011

Técnicas de aquarelas- esticando o papel

Ola caros alunos, como pediram aqui está:

Há vários tipos de papel próprios para aquarela. Você pode comprá-los em folhas avulsas ou em blocos (que são mais econômicos). O papel varia em textura da superfície (porosidade), em peso (gramatura), dependendo de sua espessura, em tamanho. Comece a pintar em papel comum desde que não muito fino ou brilhante. Mas o papel escolhido deverá ser sempre branco ou amarelado. Caso contrário, estragará a limpidez tão característica da aquarela. Há três tipos de textura: áspera, com porosidade acentuada, média e lisa. O papel tende a se enrugar quando molhado e, quanto mais fino, maior essa tendência. Estique-o Previamente

Preparando o papel leve


Folhas de papel do tipo até 285g de peso precisam ser esticadas. Do contrario ficarão enrugadas. O papel deve ser mergulhado em água e depois preso com firmeza a uma superfície lisa, onde secará bem esticado. Para isso, tenha à mão um rolo de fita crepe de uns 5 cm. de largura, tesoura, dois panos de prato limpos e uma pia. Corte os pedaços de fita crepe 5cm. maior que as dimensões da folha de papel . Mergulhe então a folha na pia com água fria. Retire o papel após alguns segundos e sacuda delicadamente para eliminar o excesso de água. Coloque-o entre os dois panos de prato, esticando-o com cuidado para que parte da água seja absorvida. ponha o papel numa prancheta de desenho (ou numa mesa bem plana), com cuidado de verificar se está perfeitamente alongado e na posição horizontal. Cole as tiras de fita crepe ao longo dos quatro lados. Um terço da largura da fita deve ficar preso ao papel e dois terços a prancheta, aproximadamente.
Com isso, o papel não despregará. Deixe secar naturalmente, longe de calor direto, durante algumas horas e só comece seu trabalho quando o papel estiver bem seco.
Tenha certeza de que a superfície do papel esteja plana enquanto ele seca. Caso contrário, a água escorrerá, acumulando-se em um dos lados da folha de papel e provocando secagem desigual.

10 julho, 2011

psicóloga X Cazuza

Esse cidadão dizia: "todos os meus heróis morreram de overdose" e era aplaudido.

È... deviam colocar o texto num outdoor na praça Cazuza, no Leblon – Rio de Janeiro.

Esta mensagem precisa ser retransmitida para todas as famílias!

Uma psicóloga escreveu corajosamente algumas verdades no seguinte texto abaixo:


'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora.. As pessoas estão cultivando ídolos errados.
Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza?
Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.
Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado.
No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.
São esses pais que devemos ter como exemplo?
Cazuza só começou a gravar porque o pai era diretor de uma grande gravadora..
Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.
Cazuza era um traficante, como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira-Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas, fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.
Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido. Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?
Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.
Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar.. Não se preocupem em ser 'amigo' de seus filhos..
Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será o seu melhor amigo, pois amigo não diz SIM sempre. '

Karla Christine
Psicóloga Clínica

14 junho, 2011

Critérios e diagnósticos ( CID _10) deficit de atenção/ hiperatividade

Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o individuo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.


Com predomínio de desatenção.

Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:

  1. Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras
  2. Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
  3. Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
  4. Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções)
  5. Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
  6. Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa)
  7. Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
  8. É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
  9. Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias

[editar]Com predomínio de Hiperatividade e Impulsividade

Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento:

Hiperatividade
  1. Freqüentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
  2. Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado
  3. Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
  4. Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
  5. Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"
  6. Freqüentemente fala em demasia
Impulsividade
  1. Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas
  2. Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez
  3. Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em conversas ou brincadeiras)

[editar]Critérios para ambos

Em ambos os casos esses critérios também devem estar presentes[1]:

  • Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
  • Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa).
  • Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
  • Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno mental.

Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.

Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas.



Déficit da atenção

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos 2 contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno.Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade adulta. Sua causa, o diagnóstico, sua utilização para justificar mal desempenho acadêmico e o grande número de tratamentos desnecessários com anfetaminas geram polêmica desde a década de 70.
Na Classificação Internacional de Doenças da OMS mais recente (CID-10) é classificado como um Transtorno Hipercinético.

Características
a impulsividade aumentam as chances de acidentes, lesões, brigas e uso de drogas.

O transtorno se caracteriza por frequente comportamento de desatenção, inquietude e impulsividade, em pelo menos três contextos diferentes (casa, creche, escola, trabalho...).

O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o TDAH em três tipos:

  • TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
  • TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e;
  • TDAH combinado.

O TDAH é um transtorno psiquiátrico que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar e outros problemas de saúde mental. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento.

Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.

A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.


Dislexia

A dislexia é mais frequentemente caracterizada pela dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras, por exemplo, b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo, "ovóv" para vovó. A dislexia, contudo, é um problema visual, envolvendo o processamento da escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial. Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros factores de dificuldade de aprendizagem, tais como o déficit de atenção/hiperatividade,dispraxia,discalculia e/ou disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento.



Fatores que Influenciam a Dislexia

Os padrões de movimentos oculares são fundamentais para a leitura eficiente.

São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto. No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior que outras.

Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras, a saber:

  • familiaridade,
  • freqüência,
  • idade da aquisição,
  • repetição,
  • significado e contexto,
  • Regularidade de correspondência entre ortografia-som ou grafema-fonema, e
  • Interações.
  • A dislexia, segundo Jean Dubois et al. (1993, p.197), é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.

    A dislexia, segundo o lingüista, interessa de modo preponderante tanto à discriminação fonética quanto ao reconhecimento dos signos gráficos ou à transformação dos signos escritos em signos verbais.

    A dislexia, para a Lingüística, assim, não é uma doença, mas um fracasso inesperado (defeito) na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma síndrome de origem lingüística.

Nao confunda!!!


Discalculia (não confundir com acalculia) é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção visual. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas.

É uma inabilidade menos conhecida, bem como e potencialmente relacionada a dislexia e a dispraxia . A discalculia ocorre em pessoas de qualquer nível de QI, mas significa que têm frequentemente problemas específicos com matemática, tempo, medida, etc. Discalculia (em sua definição mais geral) não é rara. Muitas daquelas com dislexia ou dispraxia tem discalculia também. Há também alguma evidência para sugerir que este tipo de distúrbio é parcialmente hereditario.

A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar) formando: contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou um dos contadores em um ábaco .

Discalculia é um impedimento da matemática que vá adiante junto com um número de outras limitações, tais como a introspecção espacial, o tempo, a memória pobre, e os problemas de ortografia. Há indicações de que é um impedimento congênito ou hereditário, com um contexto neurológico. Discalculia atinge crianças e adultos.

Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e medidas podem ser tomadas para facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais novos. O problema principal está em compreender que o problema não é amatemática e sim a maneira que é ensinada às crianças. O modo que a dislexia pode ser tratada de usar uma aproximação ligeiramente diferente a ensinar. Entretanto, a discalculia é o menos conhecida destes tipos de desordem de aprendizagem e assim não é reconhecida frequentemente.


Acalculia do grego "a" (não) e do latim "contare" (contar) trata-se de um tipo de incapacidade que dificulta a realização de simples cálculos matemáticos, devido a uma lesão cerebral.

Discalculia Jogos

Os jogos constituem um espaço privilegiado para a aprendizagem e, quando bem utilizados, ampliam possibilidades de compreensão através de experiências significativas que se propõem. Além disso, possibilitam a busca de meios pela exploração, ainda que desordenada, atuando como aliados fundamentais na construção do saber.
Os jogos, portanto, são atividades que devem ser valorizadas desde o nascimento, pois é através delas que a criança aprende a movimentar-se, falar e desenvolver estratégias para solucionar os problemas que terão pela frente (Silva, 2008).
Os jogos constituem um espaço privilegiado para a aprendizagem e, quando bem utilizados, ampliam possibilidades de compreensão através de experiências significativas que se propõem.

Abaixo serão apresentados alguns jogos/atividades, que podem ser trabalhadas tanto em salas de aulas, ou até mesmo em casa, com a supervisão dos pais, professores ou especialistas.

Matrix O jogo é composto de um tabuleiro quadriculado de 6 x 6 e trinta e seis peças, sendo:
  • um curinga;
  • uma com a indicação "+15";
  • uma com "-6";
  • três com "0 (zero);
  • quatro com "+5";
  • e as 26 restantes com indicações de "-1, +1,-2, +2, -3,+3,-4,+4,-5,+8,-10,+10", sendo duas de cada.
O jogo é desenvolvido com a participação de dois jogadores que têm como objectivo conseguir o maior número de pontos.Os participantes, juntos, posicionam, no tabuleiro, as 35 fichas com os números e o curinga, todos voltados para cima.O primeiro a jogar escolhe se vai retirar a ficha na horizontal ou na vertical e, na primeira jogada, retira o curinga e um número que seja na mesma linha (ou coluna, conforme a opção inicial). A seguir, cada jogador, na sua vez, retira uma ficha da coluna ou na linha (de acordo com a opção inicial) da qual foi retirada a última ficha.A partida termina quando não restarem fichas na coluna ou na linha e o vencedor será aquele jogador que, ao adicionar os pontos das fichas retiradas, conseguir maior soma.Os participantes tendem a escolher, de início, as peças com valor maior, deixando as de menor valor para fim. com o tempo perceberam que existem estratégias para se obter maior número de pontos, inclusive criando "armadilhas" para o adversário.

O jogo do Dominó
Ela deve ordenar as peças de acordo com a numeração de bolinhas contidas nas extremidades, utilizando as regras do dominó. À medida que é apresentada uma peça o aluno deve colocar a correspondente.
Esta atividade visa desenvolver a percepção do sistema de numeração e estimular a associabilidade, a noção de seqüência e a contagem.

Jogo dos cubos e das garrafas

Inicialmente procuramos deixar a criança à vontade e descontraída realizando algumas perguntas para envolvê-las no jogo. Em seguida deixamos á disposição da criança algumas folhas de papel, caneta e lápis coloridos para realização de desenhos.Entregamos algumas garafas de plásticos de tamanhos bem diferentes e alguns cubos de madeira coloridos para que ela enfileire os objetos sem observar regras. Depois pede-se que separe as garrafas maiores das menores, comparando os tamanhos e verbalizando os conceitos de "grande" e "pequeno".Esta atividade visa verificar as noções de tamanho (grande/pequeno) e a capacidade de percepção espacial e a atenção da criança.

Jogo das garrafas coloridas
Selecionamos oito garrafas de plástico diferentes, a 1ª com 15cm de altura, as outras com 12,5 cm, 10 cm, 7 cm, 5,25 cm, 4,0 cm e 3,5 cm com acabamento de fitas colantes nas beiras.A criança deve ordenar as garrafas em tamanhos, agrupando,as de tamnhos quase iguais ou diferentes, ordenando-as em fileiras, da menor para a maior e da maior para a menor.Estas atividades tem como objetivo verificar as noções de tamanho (maior/menor) e estimular a coordenação motora e a contagem.

Botões matemáticos
Separamos botões de várias cores e tamanhos, selecionados por cores e tamanhos. 15 botões brancos, outros tantos azuis e assim por diante.A criança é orientada a separar botões por tamanhos, na quantidade solicitada, utilizando cordel e folha de papel.Ela pode ser orientada a formar dúzias ou dezenas.Esta actividade permite identificar, com facilidade se a criança domina as noções de "meia dúzia", "uma dúzia", "uma dezena" e levar os alunos à descoberta de que duas "meias dúzias" formam uma "dúzia".O objetivo é desenvolver a habilidade de compreensão de sistema de numeração, a coordenação motora e orientação espacial.

A batalha
Materia: cartas do baralho .
Às a 10Conteúdo: leitura de números, comparaçãoA meta é ganhar mais cartas. Um dos jogadores distribui as cartas: uma para cada participante e cada rodada. Aquele que virar a carta mais alta pega todas as cartas para si. Todas as jogadas se repetem da mesma forma até que todas as cartas já tenham sido distribuídas. Se abrirem cartas iguais, os jogadores que empataram devem virar outra carta e aquele que tirar a maior ganha. Pode ser jogado em duplas ou pequenos grupos.

Sete Cobras
Material: 2 dados, lápis e papel
Conteúdo: soma de dados, leitura e grafica de númerosEscreve-se a seqüência numérica na folha de papel (2 a 12). Na sua vez de jogar, o jogador soma os dados e marca com um X o número sorteado. Se a soma der 7, o jogador desenha uma cobra no seu papel. Quem marcar todos os números primeiro, com o menor número de cobras é o vencedor. Quem obter 7 cobras sai do jogo.

Quantos patos tens?
Material: 2 ou 3 dados, folhas de papel e lápis
Conteúdo: soma de dados, seqüência numérica, comparação de quantidade, representação numéricaCombina-se antes de iniciar o número de rodadas. Cada um, na sua vez de jogar, joga os dados e efetuar a soma marcando a quantidade obtida na sua folha. Ao final das rodadas, soma-se todas as quantidades obtidas e ganha aquele que obteve maior numero de "patos".

Número oculto
Material: lápis e papel
Conteúdos: comparação de quantidades, seqüência numérica, raciocínio lógico matemático.Sorteia-se um jogador para iniciar. Este pensará em um número dentro do limite estabelecendo pelo grupo (0 a 10 ou 10 a 20 ou 0 a 50) anotando no papel sem deixar ninguém ver. Os outros participantes deverão um de cada vez dizer números a serem comparados com o número oculto pensado pelo jogador. O aluno que pensou no número deve dizer se os números ditos pelos amigos são maiores ou menores que o número pensado por ele, até que alguém descubra o número oculto e ganhe o direito de pensar nele, iniciando uma nova rodada.

Jogo do detetive
Material:blocos lógicos
Conteúdo: os trabalhados com os blocos, raciocínio lógico.As crianças podem ser organizados em duas equipas. Cada equipa dispõe de um jogo de blocos.

Nível 1 - a equipa 1 escolhe uma peça e coloca atrás de um anteparo. A equipa 2 dispõe os blocos a sua frente, para ajudar a organizar o raciocínio. Esta equipe deve discutir a estratégia de pergunta. Por exemplo: é vermelha? se a equipa 1 responder que não, a equipa 2 poderá retirar as peças vermelhas e pergunta: é amarela? as perguntas continuam até que a equipe 2 possa descobrir qual é a peça que está atrás do anteparo. Então as equipas invertem as posições e a equipa 2 passa a esconder a peça. Uma variante é marca o número de perguntas que cada equipa faz, ganhando o jogo, quem fizer o o menor número de pergunta. Entretant, se chutar e errar, perder o jogo.

Nível 2 - quando o jogo com a manipulação das peças se tornar fácil, podemos surgir que as crianças apenas olhem para as peças, mas não as toquem.

Nível 3 - este nível é bem mais difícil. porque exige um raciocínio classificatório interiorizado, vamos surgir que as crianças descubram a peça sem olhar para outro conjunto de blocos.

Nível 4 - esconderemos duas ou três peças simultaneamente, que deverão ser descobertas.


Referências Bibliográficas:Silva, W.C. (2008). Discalculia: uma abordagem à luz da Educação Matemática.Relatório Final para concretização do Projecto de Iniciação Ciêntifica, PIBIC, Univerdidade de Guarulhos, Guarulhos. Smole, K.S et all (2000). Brincadeiras Infantis nas Aulas de Matemática : matemática de 0 a 6. Porto Alegre: Armed.

02 maio, 2011

Síndrome de Asperger

As crianças diagnosticadas com Síndrome de Asperger apresentam um desafio especial no sistema educacional. Este artigo fornece aos professores descrições de sete características definidoras da Síndrome de Asperger, além de sugestões e estratégias endereçadas a estes sintomas em sala de aula.

São oferecidas intervenções comportamentais e acadêmicas, com base nas experiências da autora em ensinar crianças com Síndrome de Asperger no Centro Médico da criança e do Adolescente do Hospital da Escola de Psiquiatria de Michigan.

Introdução

As crianças diagnosticadas com Síndrome de Asperger apresentam um desafio especial para o sistema educacional. Vistas tipicamente pelos colegas de sala de aula como excêntricas e esquisitas, suas habilidades sociais ineptas freqüentemente as levam a ser feitas de bode expiatório. A falta de jeito e o interesse obsessivo por assuntos obscuros contribuem para sua apresentação “estranha”. Falta a estas crianças a compreensão das relações humanas e das regras do convívio social; são ingênuas e carecem de forma evidente de senso comum. Sua inflexibilidade e falta de habilidade para lidar com mudanças levam estas pessoas a ser facilmente estressadas e emocionalmente vulneráveis. Ao mesmo tempo, as crianças com S.A. (na maioria garotos) têm, com freqüência, níveis de inteligência na média ou acima da média e memória de rotina superior. Sua determinação por um tema único de interesse pode levá-las a grandes realizações na vida futura.

A Síndrome de Asperger é considerada um transtorno localizado no ponto mais alto do final do continuum do autismo. Comparando as pessoas incluídas neste continuum, Van Krevelen (citado em Wing, 1991) observou que a criança com autismo com nível de funcionamento baixo “vive num mundo próprio”, enquanto a criança com autismo com funcionamento mais alto, “vive no nosso mundo, mas à sua própria maneira”.

Naturalmente, nem todas as crianças com S.A. são iguais. Da mesma forma que cada criança com S.A., seja menino ou menina, tem sua personalidade própria e singular, os sintomas “típicos” de Síndrome de Asperger são manifestados de maneiras específicas para cada indivíduo. Conseqüentemente, não existe uma receita exata de intervenções em sala de aula que possam ser usadas para todos os jovens com Síndrome de Asperger, da mesma forma que não há um método educacional que preencha as necessidades de todas as crianças que não apresentam Síndrome de Asperger.

Estas sugestões são oferecidas somente no sentido mais geral e devem ser adaptadas para contemplar as necessidades únicas de cada estudante com Síndrome de Asperger.

  • Insistência em semelhanças
Crianças com Síndrome de Asperger são facilmente oprimidas pelas mínimas mudanças, altamente sensíveis a pressões do ambiente e às vezes atraídas por rituais. São ansiosos e tendem a temer obsessivamente quando não sabem o que esperar; Stress, fadiga e sobrecarga emocional facilmente os afeta.
Sugestões: fornecer ambiente previsível e seguro; minimizar as transições; oferecer rotinas diárias consistentes; evitar surpresas: preparar a criança previamente para atividades especiais, mudanças de horários ou qualquer outra mudança de rotina, independente de quão mínima seja; afastar o medo do desconhecido, mostrando à criança as novas atividades, professor, classe, escola, acampamento, etc. com antecedência, tão cedo quanto possível depois dele/dela ser informada da mudança, para prevenir medo obsessivo (por exemplo, quando a criança com Síndrome de Asperger precisa trocar de escola , ela deve ser apresentada ao novo professor, passear pela escola e ser informada de sua nova rotina antes de começar).
  • Dificuldades em interações sociais
Crianças com Síndrome de Asperger mostram-se inábeis para entender regras complexas de interação social; são ingênuas; extremamente egocêntricas; podem não gostar de contatos físicos; falam junto às pessoas em vez de para elas; não entendem brincadeiras, ironias ou metáforas; usa tom de voz monótono ou estridente, não-natural; uso inapropriado de olhar fixo e linguagem corporal; são insensíveis e com o sentido do tato deficiente; interpretam erroneamente as deixas sociais; não conseguem julgar as "distâncias sociais" exibindo pouca habilidade para iniciar e sustentar conversas; têm discurso bem desenvolvido, mas comunicação pobre; são às vezes rotulados de "pequeno professor" porque seu estilo de falar é semelhante ao adulto e pedante; são facilmente passados para trás (não percebem que outros às vezes os roubam ou enganam); normalmente desejam ser parte do mundo social.

Sugestões: Proteger a criança de ser importunada ou bulida; nos grupos mais velhos, tentar educar os colegas sobre a criança com Síndrome de Asperger, quando a dificuldade social é severa, descrevendo seus problemas sociais como uma autêntica dificuldade; elogiar os colegas quando o tratam com jeito (isso pode prevenir que se torne bode expiatório, ao mesmo tempo que promove empatia e tolerância nas outras crianças); enfatizar as habilidades acadêmicas da criança com SA , criando situações cooperativas onde suas habilidades de leitura , vocabulário , memória e outras sejam vistas como vantajosas pelos colegas , aumentando dessa forma sua aceitação; muitas crianças com SA desejam ter amigos , mas simplesmente não sabem como interagir. Elas precisam ser ensinadas a reagir a situações sociais e a ter um repertório de respostas para usar em várias situações sociais. Ensinar as crianças o que dizer e como dizer. Modelar interações bidirecionais e treinar. Embora sua dificuldade para entender as emoções dos outros, crianças com SA podem aprender a forma correta de reagir. O professor pode educar um colega sensível e hábil quanto à situação da criança com SA e sentá-los próximos. O colega pode cuidar da criança SA no ônibus, no recreio, nos corredores, etc., e tentar incluí-lo nas atividades da escola.
  • Gama restrita de interesses

Crianças com Síndrome de Asperger têm preocupações excêntricas ou ímpares, fixações intensas (às vezes colecionando obsessivamente coisas não-usuais). Eles tendem a "leitura" implacável nas áreas de interesse; perguntam insistentemente sobre seus interesses; tem dificuldades para ir avante com idéias; seguem as próprias inclinações, a despeito da demanda externa; às vezes recusam-se a aprender qualquer coisa fora do seu limitado campo de interesses

Sugestões: não admitir que a criança com SA discuta perseverantemente ou faça perguntas sobre interesses isolados. Limitar esse comportamento designando um tempo específico do dia, quando a criança pode falar sobre isso. Por exemplo: a uma criança com SA com fixação em animais e tem inumeráveis perguntas sobre um tipo de tartarugas e pode ser permitido fazer essas perguntas somente durante o recreio. Isso fará parte de sua rotina diária e ela aprenderá rapidamente a se interromper quando começar a fazer esse tipo de perguntas em outros horários do dia;



Fonte: AMA – Associação de Amigos do autista | Karen Williams, traduzido por Beatriz Toledo
Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis

01 abril, 2011

B, uma história sem amor.

B era um doce, com leve deficiência que os pais fingiam não perceber.O pai oficial graduado da marinha às vezes se exasperava diante da incompreensão da filha com problemas de matemática.B era assustada e ausente, ficava difícil fazer com que prestasse atenção as explicações ou que se interessasse por elas. O olhar de B era triste, vazio e distante.

Certa tarde, a caminho para fazer meu trabalho, resolvi que não daria minha aula habitual e sim daria colagens, pintura e desenho para ter um dia “diferente”.Peguei varias revistas e pedi para que ela cortasse as figuras que representassem ela mesma, sua irmã e pais.Todas as figuras eram pretas ou cinzas, com características dark. Achei o trabalho muito “pesado” pra uma menina de 13 anos e procurei ajuda com uma amiga psicóloga, pois, no meu entendimento aquelas figuras demonstravam profunda depressão. O diagnostico foi: depressão aguda.Comuniquei o pai, que sempre estava em alto mar e não podia ajudar muito. A resposta dele foi que B sempre era assim para os estudos, só ficava bem na hora de sair com amigas e ir ao shopping ou gastar com bobagens. Insisti que a garota não estava bem e precisava de ajuda. Como não obtive resposta conversei com a mãe, uma jovem sempre ocupada em “malhar” e nada atenciosa com as filhas. Recebi comunicado que deveria dar aulas continuamente em dezembro, Janeiro e Fevereiro, o que não é comum no Rio de Janeiro a 40º.

O tempo passou e no ano seguinte percebi que B estava apegadissima a mim, o que não era muito profissional da minha parte, apegada ao ponto de pedir para eu dar aulas extras aos sábados, pois, não queria ficar sozinha já que a mãe saia com amigas na sexta e retornava às segundas feiras, próximo do horário que B saia para escola.

Certo dia, cheguei às 16horas para dar aulas e B estava muito triste, havia brigado com a mãe, o pai gritava com a esposa e filha, numa situação constrangedora. Tentei acalmá-la, ela me olhou, (nunca mais vou esquecer aquele olhar), e me falou: eu amo você professora.

Sorri e disse também gosto muito de você.

(E gosto mesmo!) Neste dia B foi diferente comigo, fez tudo que pedi e quando me despedi me abraçou muito apertado e perguntou se na sexta feira, poderíamos ir ao cinema, respondi que sim e sai. No dia seguinte recebi um recado que nao era necessário comparecer as aulas pois B havia entrado em grave estado de depressão.

Nunca mais vi B e sei que, se esta menina tivesse recebido os carinhos dos pais e estes tivessem aceitado suas limitações ela teria sido uma pessoa feliz.



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